Memórias Torturadas – A Ditadura e o Cárcere no Paraná
PEÇA TEATRAL
Texto de Gehad Hajar
Uma experiência única de viver a história dos presos políticos, nas mesmas celas onde a história se passou
PEÇA TEATRAL FOI PROTAGONIZADA EM ALA DE DETENTOS DO PRESÍDIO DO AHÚ, NARROU A HISTÓRIA VERÍDICA DE QUATRO PRESOS POLÍTICOS DETIDOS PELA DITADURA MILITAR NA CHAMADA “OPERAÇÃO MARUMBY”.
INICIATIVA FOI DE AMBIENTAR, EM ESPAÇO REAL E ALTERNATIVO, RECORTE HISTÓRICO DE LUTA PELA CONSTRUÇÃO DA LIBERDADE E DEMOCRACIA NO BRASIL, A PARTIR DO PARANÁ.
• 29, 30 e 31 de Março e 05, 06 e 07 de Abril de 2012
Penitenciária Ahú - Entrada de Segurança (atual TJ)
Horário: 23h59h (sessões extras 21h)
Ingressos: R$ 30,00/ R$ 15,00
Não foi permitido o uso de celulares no local.
Numa democracia todos contam sua história. Isso pode diferenciar a democracia da tirania.
Ainda assim, nosso Estado não tem memorado os anos de chumbo, e suas consequências para a atualidade.
O Paraná parece sofrer de amnésia histórica.
Porquanto, hoje, Curitiba é a cidade com maior índice de jovens que desejam a volta da ditadura, segundo pesquisa realizada em 2006, o que estarrece qualquer indivíduo que defenda a liberdade e o estado democrático de direito.
São sete longos anos de pesquisa em arquivos, livros e entrevistas, para o atual resultado pragmático.
Narrar quatro vidas aprisionadas, exatamente no mesmo ambiente onde tudo ocorreu, vai além dos ineditismos. Remete o público a ser parte integrante do meio, sorvendo por todos os sentidos a experiência do cárcere e do sofrimento pela luta de um ideal legitimo.
A tentativa da equipe – que presto os maiores agradecimentos – foi unir várias linguagens artísticas à história: a literatura através do texto, as artes cênicas pela peça em si, as artes plásticas nas concepções das instalações e cenografia, o cinema pelo produto audiovisual da produção e a música com a identidade sonora.
Acreditamos, assim, cumprir a função social da arte: formar, informar e disformar.
Gehad Ismail Hajar,
Autor
O retrato a o cárcere de presos políticos no Paraná na década de 70
O espetáculo “Memórias Torturadas – A Ditadura e o Cárcere no Paraná” promete movimentar a mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba 2012. Isto por que, além de convidar o público pra uma imersão nas antigas dependências do Presídio do Ahú, a peça traz à tona informações curiosas sobre a ditadura militar no Paraná.
“A plateia vê o início do espetáculo no pátio da antiga penitenciária, quando são convidados a imergir no edifício visitando as galerias”, explica o idealizador do projeto, Gehad Hajar. Segundo ele, entrar no Ahú é surpreendente e a intenção é despertar na plateia a sensação de recém-preso, ampliando o entendimento sobre a questão de ser preso-político, trancafiado sem razões claras.
A Trama
A peça conta a história de um homem e seu filho menor de idade que repentinamente são presos no Ahú e passam a conviver com torturas corporais e psicológicas.
Junto na minúscula cela, estão três outros personagens, ideólogos, que desenrolam conversas acaloradas, e muitas vezes fraternais, revelando informações sobre a luta pela democratização do país que deu início na década de 80 com as "Diretas Já". Estes diálogos trazem informações pouco conhecidas, como a secreta passagem de Che Guevara por Curitiba ou o maior esquema de guerrilha que se armava, no oeste paranaense.
Os fatos históricos são revelados e intercalam-se com as histórias pessoais e a angústia do cárcere humano. “É necessário compreender o valor da luta e do sangue vertido daqueles que deram suas vidas para que hoje tenhamos essa democracia. Entender o processo de democratização vai além de questões partidárias ou ideológicas, é saber sobre nossa identidade brasileira", aponta Hajar.
Ele reforça que a peça é dedicada àqueles que foram presos e/ou perderam a vida pela luta no afã de um estado democrático de direito.
O ineditismo do espetáculo está no tema sobre a ditadura militar no Paraná e o cenário. A montagem vem em boa hora, pois o Tribunal de Justiça irá transformar o local em Centro Judiciário Civil a partir de outubro deste ano.
Ficha Técnica
MEMÓRIAS TORTURADAS – A DITADURA E O CÁRCERE NO PARANÁ
2012
Texto de Gehad Hajar
• 29, 30 e 31 de Março e 05, 06 e 07 de Abril de 2012
Penitenciária Ahú - Entrada de Segurança (atual TJ)
Horário: 23h59h (sessões extras 21h)
Ingressos: R$ 30,00/ R$ 15,00
Não foi permitido o uso de celulares no local.
Texto: Gehad Hajar
Direção: Gehad Hajar
Elenco: Carlos Vilas Boas, Paulo Hey, Martin Esteche, Ricardo
Alberti, Ithamar Kirchner
Produção: BG Produções Artísticas (Guairacá Cultural)
Coordenação de Produção e Fotografia: Beth Capponi
Assistente de Produção: Leila Nunes
Cenografia e Figurino: Gustavo Krelling
Assistentes de cenografia: Vanessa Alves e Karoline Barreto
Vídeo documentário: Z1 Audiovisual
Vídeo divulgação-viral: Estevan Reder
Equipe de gravação:
Direção e fotografia: Natália Olevar e Estevan Reder
Assitente de Direção: João Menna Barreto
Assistente de Fotografia: Elisa Ratts
Som Direto: João Menna Barreto
Assistente de som: Tiago Ferreira
Produção: Ana Hope e Cristiane Senn
Make off: Ana Paula Junqueira
Cenotécnico: Ícaro Calafange
Iluminação e Som: Felipe Rorato
Maquiagem: Roque Correa
Criação gráfica: Izabelle Walenga
Comunicação: Luiz Eduardo Giasson e Mariane Antunes
Patrocínio: Itaipu Binacional | Locall Equipamentos e Audiovisual
Apoio: Grupo Tortura Nunca Mais Paraná | Cantina do Délio | Cana Benta | Bella Banoffi